quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Vejo-de-cima

Bem abastecidos de um desayuno meio improvisado de madrugada, a trilha de umas perdi a conta escadas altas esperou quieta pela nossa chegada. Passada a ponte, comecou a escalada, para todos. Uma derrocada impedia os autocarros de subirem. Velhos, novos, fitness e macdonalds, tudo arriba em arfares trocados.
Subiamos, e com a montanha atras de nos tinhamos a referencia da distancia que nos faltava, que era mais em respiracoes do que em quilometros.
De agua em maos fomos ate ao sol, que a meio da coisa comecou a aparecer em pano de fundo, afastando nuvens rasteiras. Duas u tres horas depois, chegamos a entrada.
Olhei para cima, vi gente no alto. Ali era a entrada, mas a montanha nao tinha ainda mostrado o topo.
Nao pensei naquela hora da manha, e perdi tempo a tentar convencer-me de que ainda faltava que a subir.
Piada. Entramos, viramos uma esquina e tcha-nah, os meus olhos tornam-se pequenos demais.
Chegamos. O guia parou ali nos primeiros metros para um bem vindos a cidade inca, e eu sentei-me no muro com tal chapada, bem de frente para a montanha. Machu Picchu: Vejo de cima
Ha uma presenca que silencia qualquer pestanejar de assobio, que me matou ali um bocadinho da tagalerice de pelos, que me passou  mao encima e disse: chantra chavala. tal como diz o Andre, mas sem tanta autoridade
Foi intenso, e ouvi zero do que disse o guia. So gostei do facto de ele continuar a falar me dar mais tempo.
Fui voltando a realidade com um flash traseiro da Rita, e com o andar do 'grupo Jaguar' o nome quechua do nosso guia.
Cruzei o templo do Sol, unico elemento curvado, construido de forma a que no solsticio de inverno, 21 de Junho, o sol entre pelo meio das montanhas e projecte no chao a sombra que ira completar La Chakana, cruz inca, com a sua parte simbolica, abstracta, do outro mundo.
A carga simbolica esta em cada angulo de cada simetrica pedra montada na perfeicao em blocos. Diz que por ano a cidade esta a deslocar-se 5 centimetros, por se localizar entre duas falhas nas placas tectonicas. Uma na montanha huayanpicchu outra na machu picchu.
Para ja, condor, serpente e puma salvaguardam a cidade em forma de pedra, despojada de outro, claro.
Esse dourado aqui tinha tanto valor como tijolo. As trocas faziam-se com conchas do mar.
Nuestros hermanos raparam tudo, tudo o que era do Sol, para o Sol.
Esqueceram-se de levar a utopia e deixaram cair essencia inca no caminho de volta. Em 6 meses limparam Cuzco, limparam Qorinkacha, portas e janelas. De incas, invadiram inca-pazes.
Por cima de materialismo esteve vida, morte e reencarnacao
Acima de merda dourada esteve sabedoria + garra + fertilidade, abaixo de Sol, ouro inca nao roubado

























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