quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

La Paz

Chuvosa Paz. Densidade laranja tijolo , terra molhada e barracas montadas. Mais um caminho atribulado , um amanhecer de apetite aberto. Todos estragados, aceitamos a primeira oferta negociada a 60 bolivianos num poiso . Estávamos 5, entao o homem opta por tentar, com toda o seu porte, enfiar-se na mala. Só que não. Então entope-se com o big Artur no banco da frente, e abre o nosso dia
Quarto com vista pro morro , onde se montam blocos feito legos. Banho tomado e penetramos naquele cheiro intenso que deve ter origem debaixo das mil saias que as cholas portam. Hoje o boliviano cheiro mescla com os incensos e fumos de dia de reis. Até à catedral que nem formigueiro , novos e velhos varrem as ruas de menino em mãos , ou familia completa . Compram-se vestidinhos e enfeites nas ruas, e culminam na Plaza San Francisco rostos rasgados, o iron man, o Sid e uma arvore de Natal gigante.
Portas da Igreja abertas , barulhos ressoados e bênçãos lançadas. Infiltro intrusa , ha olhos que me expulsam. O ar é pesado, e eu sou meia loira. As cholas seguram os sus chapéus e eu seguro uma câmera.
Até umas 21h isto rola. Então foi-se saciar a fome e dar volta pela cidade.
A primeira impressão é um estranhamento . Aqui ja chegou a maquilhagem, os fatos, os perfumes, os prédios bonitos envidraçados. Ja chegou o Thor e os Hunger Games, o subway e o Burger King.
Mas só pra lá do mercado Negro , na zona sur , antes do altiplano, onde ainda pinga pobreza entre gravatas. O mercado das construtoras atingiu o auge e desdobrou-se em inflação quando a oferta superou a procura.
A Paz estende-se em vale, acotovelando cidadãos e empurrando estrangeiros. Vamos sendo levados no ritmo do la paz, o rio. Fomos até à frente da El Penal de San Pedro, cárcere manhoso onde nos barram a entrada . Nao temos familia a visitar. Pela porta aberta na entrada , vemos uns 100 ali coladinhos no pátio . Este era o pátio pobre com certeza.
Com certeza numa parte de trás de tv cabo e colchão de agua assenta uma outra categoria de humano, os que detêm do pó branco.
Volvida a noite , adquridos uns recuerdos visitamos na manhã seguinte o Valle de la luna. Bem nas altitudes, uma visita flash a uma formações rochosas que se assemelham ao solo da lua . Ha quem diga que foi aqui q o Armstrong veio aterrar.
Do centro da cidade a esta lua diminuíram 10graus, e o ar tornou-se mais respirável . As casas mais reboscadas , e as montanhas mais imperativas.
Natureza a dar de pau
Sem grande tempo, come-se um pollo da vida , para não variar , e apanha-se uma carrinha autocarro até ao cemitério onde passa o autocarro pra Copacabana .
Tarde agitada: hoje, Evo Morales, Salvador da pátria , pôs toda a gente de pescoço erguido. Na rua, todos olham para o céu ; lá no morro todos se arriscam a cair para ver mais de perto o primeiro cabo carregado por um helicóptero que irá sustentar o primeiro teleférico da cidade.
Oh Modernidade ! Modernidade das cholas no autocarro padrão Bolívia para mais nao dizer a manjarem potes de batatas fritas e litros de coca cola. Oh aldeia global.
Partiu Copacabana, sonho Isla del Sol










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