sábado, 11 de janeiro de 2014

Isla del Sol

As entrecurvas até Copacabana pausaram no rio, onde o nosso querido veiculo apanhou um bote feito bem à medida , indo nós num segundo, a torcer para que a integridade do gigante laranja nao se afundasse ali ao nosso lado. 5 minutos para chocolates e porcarias , e siga marinha , com umas paragens meio aleatórias onde umas cholas iam saindo e entrando de manso, até uns chavalos com um gato que quase colaram na minha cara .
Enfim a vilazinha à frente do Titicaca diz olá a mais uns quantos mochileiros para somar aos que ja lhe monopolizavam as ruas. Guitarradas, hostels, sandálias , palavras cruzadas , argentinos por todo lado. Objectivo primeiro foi o de encontrar hostel , que sem muita dificuldade pintou, com um banho quente, quente a serio , que nao tínhamos ha uns 5 dias. Em La paz havia uma banho morno padrão Bolívia que naquele dia precisamente estava a funcionar mal .
Enfim quentinho , enfim colchão e almofada. Qualquer coisa rápida no quarto , e caímos redondos e reduzidos, reduzidos a 3.
O dia seguinte abriu de trovão , o barco para a Isla del Sol atolhado de gente , e com um vidro da frente que por mais limpo, nao quebrava o nevoeiro : é psicológico
Quando chegamos , o Sol acordou, da sua ilha nativa, e cedeu uma postura para a visita
E que visita. Umas 4horas de caminhada , com um guia nativo , dos poucos da ilha que fala espanhol, do Sul ao norte da ilha. Valeram umas folhas de coca mascada pelo caminho, e algures pelo meio senti-me em casa , ao passar numa zona de pinheiro onde uns homens cortavam lenha .
A paisagem foi mudando, ate apareceu potosi na linha do horizonte e a Isla de la luna, onde ficavam as mulheres castas incas. Daqui, do lado dos homens e agora despojado de qualquer ornamento que aqui houvera de ouro ou prata lambido pelos espanhóis , chego ao labirinto construído em volta de uma espécie de fossozinho onde nasceu o Sol a mando de Viracocha. Vira para terra , cocha para agua , as quais criou, invocando daqui o Sol.
Descemos à população , a chuva ja ameaçava , e nem tempo para almoçar houve . A partida foi para as islas flotantes, onde se mantêm, caçam , cozinham e devoram trutas.
Entrei na cozinha barraco de cana, pedi licença e sentei-me no banco verde do canto só a inalar beleza.
Neta , mãe e avó cooperam na sequência trutenha. A neta pergunta o que acho da Bolívia , pergunta da pobreza. Diz que se veste assim porque é pobre. Mas vai à escola , e isso mais nenhuma mulher da familia vai!

Chegados a Copacabana umas 18h , partiu pra fronteira de estômago vazio num ultimo adeus à Bolívia . Um aperto no coração de tanta sacudidela de lugares e de uns ponteiros que não páram

Olá Peru
Destino Cuzco















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