sábado, 21 de setembro de 2013

Trovojarda

   Abriram as comportas , danem-se temperamentos. Se é o sol que de chapa me tenta , em vão, acordar ou o flash de um relâmpago metade homem metade nada, nunca , na verdade, importou. E o importante é-o cada vez menos. São coisas que acontecem pelo meio dos aceleras , talvez pela origem duvidosa da origem em si. Se chove e nos molhamos , tudo se seca à terra e ao ouvido, se o sol nos fraqueja o espírito , há que o recompor na noite, entre vestidos a rodar e varandas a quebrar.
  Não vale questionar quando se sabe a verdade e as coisas se desenrolam em dois dedos de prosa , três movimentos rotativos acelerados, e um ar distraído no fim , ao som da disritmia suave em voz de mulher na casa de senhora: Noca
   Depois cheguei e, ao atirar-me de costas, fechei os olhos. Quase amanhecia. So não fechou o quase porque quase adormecia. Em vez disso so conseguia ser acordada , com chuva , noite e sol e barulho e assobios. Não há alterações a fazer que não sejam detalhes, como as pontas do meu cabelo que já estão espigadas e os horários de não ir de autocarro .

Agora vou dormir,
Hipnotizada , pra acabar de vez com esta disritmia
Curar-me, chegada de porre lá da boemia




domingo, 15 de setembro de 2013

Sequência de camatrilharões

Costa da Lagoa, 12h do dia, 8 associados, 3 garrafas de água, 7km, 2 sandes, 1 mergulho, 3 sequências de camarão, 1 barco














                                                                         tudo desta vida

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Teoria do Felipe I



"Ayahusca, professô."

O homem de chapéu no canto da sala pronuncia-se. Interrompe um vídeo youtubesco que diz que as estátuas se movimentam quando piscamos os olhos. Já tinha atirado: colombiano? argentino? hun. não. O homem de chapéu era todo ele brasileiro: Um brasileiro que foi em intercâmbio para Cuba e só voltou 10 anos depois, com sotaque distorcido, para regressar às aulas, como se nada tivesse mudado, e falar da bebida dos incas na cadeira do Felipe cabelo-grande.
Parece que eram dois gringos. Procederam ao ritual na Amazónia, logo de início, mal dispostos. "Escuro? Não vamos ficar no escuro no meio do nada! Tu tá doido?"
O nativo ignora, empenhado na sua tarefa, que logo conclui. Resultado: clientes insatisfeitos.
Viram horrores, foram dopados, foram extorquidos, foram enganados.
Diz o indígena: "A imagem está dentro, eu só abri a porta ao vosso espírito, que se projectou em frente aos vossos olhos."

Iquitos?