terça-feira, 13 de setembro de 2016

amor a rocos Cap. 2 O Terraço

Começaram a chutar informação à la zé povinho. Informações detalhadas sobre conclusões inúteis para marcar uma posição de eu cheguei antes e já sei como tudo rola. Qualquer coisa, pressiona o botão.

Não mirei, não fixei nomes, não me dei. Tinham ido à piscina, falado de coisas, mergulhado, falado de coisas.  As notas do guitarrista estavam já comigo e as vibrações das cordas vinham assentar um ligeiro equilíbrio. Parecíamos gente a mais, e éramos até subir ao terraço para concluir que eram estrelas a menos. Quarto aberto, single bed e sonhos partilhados.

Estávamos em casa. Alah ak bar - desepertou a madrugada, abrindo ouvidos ao reconhecimento noturno de que eu estava lá na verdade, de que não era tudo pó e havia um céu que merecia ser visto. Os meus olhos sentiram a honra toda por mim, entre ilusões e suspiros.

A manhã podia ter chegado de várias formas, e chegou na melhor de todas, com um leve aquecimento matinal, que só se interrompia pelos "desayuno, yala yala".  Entre o desayuno com "mermelada" "pan "queso" y toas esas cosas foi-se completamente a hipótese de praticar francês.

Perdi-me das palavras por dentro, perdi-me do tempo, das horas, do dia da semana, assim que me deitei pela segunda vez no colchão.
Já pertencia ali de alguma maneira, e já podia deixar as notas entoarem por fora de mim ao compasso das canções que o Abdul cantava na escola.









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