domingo, 4 de maio de 2014

ô mã-nhê

Avé, Maria Manuela, aos longos minutos de skype e à falta de rede na favela do Giba.
Abençoados os ossos do teu ofício, que me carregam a imaturidade.

Perdemos a conta às ondas que nos separam, e às angústias que provavelmente te assolam em dias de chuva. Hoje o céu tá limpo, eu vou arrumar outro colchão e levar a tua fotografia para outra parede.
Mais uma contagem que desisti de fazer.
Perdemos conta aos dias de ir à piscina, às linhas daquelas saias horríveis, aos filmes, e às vezes que perdi o padeiro. Já não sei quantos ovos foram em bolos de chocolate, ou quantos daqueles balões das caixas do feira nova me compraste.
Ainda bem que tu és só uma.
Tu , o teu metro e meio de amor, e os teus 30 anos de idade mental

sinto-te






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