sexta-feira, 26 de julho de 2013

Terra Roxa

para mim é vermelha, com coisinhas à volta e um lago artificial no meio. Mas se é roxa, é roxa.
Jet lag puxadinho. Mas temos de ser duros, e beber toda a cerveja que há, de todos os tipos, até encontrar a super bock brasileira que não existe, tudo pela família, tudo. À mesa, entre cafés, rebobinaram-se 50 anos e histórias de sousas e coelhos que nunca vi por ter saído da última fornada, feita, ao que parece, pela mesma receita original.  E bom, lá se mandaram sem identidade, sem nome aos olhos da lei, e meteram as mãos na massa: até uma placa no hospital da cidade o certifica. Entre atritos e desencontros, mandou-se o puto para cá, atrás dos consanguíneos, seguindo-lhes as pistas. Parece que aí se assentou poeira, se deu portugal aos portugueses, nome aos astronautas. E até voltaram! Até foram ao berço ver como estavam as coisas, ver como nada tinha mudado, sentir pena dos encaixotados. Durou pouco, a pertença já não era lá.
Sendo assim, há todo um oceano a favor, e uns aviões a ajudar. Nada perdido, portanto.
Há ocasiões especiais, há procriação, há telefonemas e abraços trianuais.
Há dias em que só se vai porque chegou a altura. Ou que se vem só porque ficar enjoa.
Então que seja, tornar efeitos em novas causas e alargar a noção de casa.